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Relendo o Manifesto Diagonal:  Zygmunt Bauman, Milton Santos e o atual momento da Educação Física

por Marcos Marques dos Santos Junior

em FEV/2020

Ao ler o primeiro texto da plataforma ‘MOVIMENTALIDADE’, intitulado Manifesto Diagonal, de Bruna Paiva e Mauro Betti, me senti fisgado pelo convite de ambos para repensar sobre um tema que mexe comigo, pois sendo  admirador e leitor do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, percebi alguma similaridade entre o 'Manifesto’ e a noção de 'interregno' que Bauman utiliza para descrever o momento social em que nos encontramos.

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Mesmo antes de ler o referido 'Manifesto', já tinha sido atraído para o fluxo desse pensamento quando assisti no YouTube o vídeo 'Educação Física diagonal', de Mauro Betti, no qual o autor discorre sobre sua sugestão ou proposta de que a Educação Física Escolar estaria passando por uma nova fase. Aí já encontrei uma aproximação no entendimento dos dois autores (Bauman e Betti) acerca da sociedade atual.

No caso do vídeo de Mauro Betti podemos ver, resumidamente, que, após o período da Ditadura Militar (1964 a 1984), a Educação Física Escolar brasileira teria saído, entre os anos 1980 e 1990, de uma abordagem biologicista para uma abordagem culturalista, mas que levou a área a cair em dicotomias, que esse período já estaria esgotado, e que precisamos de novas ideias, sem descartar o que já passou. Betti propõe por fim uma 'Educação Física Diagonal' que estaria situada num momento histórico de inflexão, termo esse que caracteriza uma “mudança de direção ou da posição normal; desvio.”  Ilustrando: vamos imaginar que, numa folha em branco, a história da Educação Física seja uma reta que segue rumo ao futuro, e que em determinado momento dessa história a reta fosse perdendo sua linearidade e começasse a inclinar tomando um novo rumo, agora não mais em linha na reta, mas sim na diagonal. Tal período de transição entre o passado e o futuro seria o lugar da ‘Educação Física Diagonal’.

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Esse momento que antecede uma possível mudança de direção da Educação Física escolar brasileira agora estacionada entre o passado e o futuro é justamente o que podemos relacionar com o termo "interregno" que Bauman usa para nos situar historicamente . Desse modo, os dois autores, um da Sociologia (Bauman) e outro da Educação Física escolar (Betti) convergem devido aos seus interesses em falar sobre as suas áreas de trabalho de uma forma macroscópica, identificando fenômenos, e, até quem sabe, tendo clarividência para identificar possíveis futuros. E por falar em clarividência, podemos chamar aqui para essa conversa interdisciplinar o geógrafo Milton Santos, que mencionou certa vez  que a clarividência se adquire não só pela intuição, mas sobretudo pelo estudo. (vídeo: Globalização Milton Santos - O mundo global visto do lado de cá)

No caso do vídeo de Mauro Betti podemos ver, resumidamente, que, após o período da Ditadura Militar (1964 a 1984), a Educação Física Escolar brasileira teria saído, entre os anos 1980 e 1990, de uma abordagem biologicista

Milton Santos refere-se a espaços horizontais e verticais na sociedade. São as ideias desses dois autores (Bauman e Santos) que iremos privilegiar neste texto, tentando casá-las às ideias atuais da ‘Educação Física Diagonal’ de Mauro Betti. Perceberam que até a geometria apareceu no texto? As ideias de espaços horizontais e verticais de Milton Santos, a ideia de ponto de inflexão e a ideia de inclinação diagonal da “seta histórica” da Educação Física escolar brasileira de Mauro Betti se encontraram.

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Se olharmos pelo ângulo sociológico proposto por Bauman, esta "seta histórica" da Educação Física Escolar brasileira pode ter sido inclinada na direção diagonal pela fluidez do "mundo líquido" que chegou com a Pós-Modernidade após a queda do Muro de Berlim (1989), e que veio questionar e desconstruir conceitos, tabus, instituições e até as relações entre as pessoas, constituindo uma dinâmica mais maleável (fluida) ao que antes era rígido e sólido.  Para efeito de raciocínio, é oportuno lembrar que a Ditadura Militar brasileira teve seu fim em 1985, deixando marcas no modo de se fazer Educação Física escolar no Brasil até os dias de hoje. E se voltarmos mais ainda no tempo, especificamente no período de 1850 à 1930, Carmen Lúcia Soares destaca que a Educação Física no Brasil se confundia com as instituições médicas e militares, as quais intervieram educacionalmente e socialmente no nosso país. (Educação Física: raízes européias e Brasil, Carmen Lúcia Soares, Campinas: Autores Associados, 1994).

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Zygmunt Bauman, ao tratar da ideia de uma oposição entre um mundo sólido e um mundo líquido, costumava dizer que o século XX foi muito diferente do que é o século XXI; mais especificamente, ele se refere à passagem da sociedade industrial para a sociedade de consumo, com as consequentes diferenças nas ideias, instituições, conceitos, ideologias etc. (vídeo: A fluidez do 'mundo líquido' do Zygmunt Bauman). 

Hoje podemos observar instituições tradicionais e conservadoras que se renderam a uma suposta fluidez, e que se descentralizaram, como, por exemplo, a família que não tem mais o seu modo de funcionamento como tinha na sociedade industrial e hoje podemos ver casais do mesmo gênero constituindo famílias. O funcionamento do mundo sólido se dava por meio de uma certa estabilidade e simplicidade, como ter um emprego numa fábrica e uma família; já numa das lógicas de funcionamento do mundo líquido, por exemplo, entra-se numa rede social virtual/digital, e se consegue fazer muitas “amizades” em poucos minutos com alguns cliques no teclado do computador ou do smartphone. 

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Uma analogia que pode ser viável para comparar a diferença do mundo sólido com o mundo líquido, é imaginar como se dava o dia e o passar das horas no campo em uma comunidade de camponeses antes da Revolução Industrial, quando na Europa o trabalho ainda era predominantemente artesanal e o estilo de vida das pessoas se dava numa lógica mais horizontal, sem tantas hierarquias.  E, a seguir, comparar passa o tempo nos dias hoje, por exemplo, numa megalópole como São Paulo, intimamente ligada ao modo capitalista, com relações humanas funcionando sobre o reflexo das regras desse modo de produção (vertical), com relações hierarquizadas, instantâneas, fortemente baseadas em status profissional e mercadológico. 

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A Educação Física escolar hoje no Brasil, por exemplo, funciona com relações mais horizontais ou verticais? Já sabemos que, ao final do período da Ditadura Militar, intelectuais da Educação Física brasileira se reuniram para idealizar e sugerir uma outra Educação Física, e não mais aquela marcada hegemonicamente pelo esporte e pela aptidão física apontados como únicos conteúdos norteadores das aulas. Talvez esse foi um dos momentos em que a Educação Física escolar brasileira tenha sido influenciada pela fluidez pois, como um campo de conhecimento que decidiu coletivamente descentralizar seu conteúdo em outros diversos, consequentemente decidiu ser influenciado por ideias e práticas mais fluídas e não solidificada em um só conteúdo. Uma das descentralizações mais vistas e sentidas nas aulas da Educação Física escolar está na desconstrução da hegemonia do “Quarteto Fantástico” que abrange o vôlei, basquete, futebol e handebol. Sabemos que uma outra Educação Física está sendo construída hoje nas escolas. Mas como estamos lidando com isso? Como estão se dando as relações entre professores atualmente com o avanço das tecnologias? Estamos em qual ponto da história?

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Para nos situarmos, volto ao significado de ‘interregno’ e transcrevo a seguir uma parte de uma entrevista concedida pelo sociólogo polonês , que permite melhor compreender a relação com a 'Educação Física Diagonal' de Betti:

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Pergunta: - O senhor aponta que vivemos um interregno, um tempo entre aquilo que não é mais e aquilo que não é ainda. Quais são as bases do futuro que devemos construir?  Resposta: - A base para esse futuro que devemos construir reside precisamente  no espaço 'entre o que não é mais e aquilo que não é ainda'. Não podemos continuar como antes, mas os novos caminhos ainda são, na melhor das hipóteses, rascunhos. Esse é o desafio do nosso tempo. Os tempos do interregno. 

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O ‘Manifesto Diagonal’ de Betti e Paiva fala sobre os saberes diagonais e novas condutas que se fazem necessárias em vários campos do conhecimento, e não somente na Educação Física Escolar.

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Nele podemos ver um convite para analisarmos colaborativamente novas ideias para solucionar problemas antigos, complexos e globais, não descartando o que já foi construído no passado.

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Refiro-me, por exemplo, ao problema da fome, que, mesmo com a disponibilidade de novas tecnologias, novas técnicas e novas logísticas, ainda não foi solucionado. A fome não deveria mais existir se considerarmos as muitas ferramentas de intervenção à disposição das instituições governamentais e multilaterais. Creio que o problema da fome no mundo hoje é uma vergonha coletiva, sobre a qual devemos fazer autocrítica constante, pois esse problema já poderia ter sido varrido da face do planeta Terra.

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Precisamos deixar a apatia e a mediocridade de lado, e mirar em objetivos audaciosos, porque com as ferramentas que temos em mãos, mesmo que ainda não totalmente desenvolvidas, os permitem vislumbrar. A hora é agora, e como diz o autor e professor israelense de História, Yuval Harari: Não temos muito tempo.  Yuval, nesse ponto, nos alerta em relação ao que estamos ensinando às nossas crianças, ao se referir às futuras habilidades mentais e cognitivas das máquinas de Inteligência Artificial (IA), as quais inclusive vêm influenciando processos políticos pelo mundo, inclusive com suspeitas de ter influenciado os resultados eleitorais no Brasil em 2018, com a propagação massiva e planejada de fakenews nas redes sociais. 

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As intervenções não precisam ser conduzidas apenas pelos governos. Por exemplo, o instituto do bilionário norte-americano Bill Gates e sua esposa usa tecnologias avançadas para mapear territórios africanos (mais especificamente na Nigéria) e solucionar problemas de saúde coletiva, como é o caso da poliomielite (conhecida também como paralisia infantil) avançando mais facilmente sobre os problemas: “Entre julho de 2014 e agosto de 2016, apenas dois casos da doença foram registrados. Em 2017, não houve nenhuma ocorrência do vírus”.  Enfim, precisamos nos conectar e usar bem as ferramentas que temos, às vezes a somente um clique de distância, para resolvermos os problemas em larga escala. Não basta usar o Facebook somente para aumentar o número de “amigos” sem de fato conectar-se verdadeiramente com eles. 

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O “saber diagonal” proposto por Bruna e Mauro também se encontra em sintonia com termos que Milton Santos usou para compor a sua geografia, em especial quando usa analogias geométricas (“verticalidades” e “horizontalidades’) para falar sobre espaços de interação espalhados pelo mundo. Vamos abrir as aspas às palavras do Professor Milton Santos: “As horizontalidades, pois, além das racionalidades típicas das verticalidades que as atravessam, admitem a presença de outras racionalidades (chamadas de irracionalidades pelos que desejariam ver como única a racionalidade hegemônica” (Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal, Milton Santos, Rio de Janeiro, Record, 2000)

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Um exemplo de espaço vertical no território brasileiro é a região que abrange a megalópole de São Paulo (rotulada de “locomotiva do país”) e que tem o seu tempo e ritmo controlado pelos mesmos relógios que controlam outras megalópoles pelo mundo, o que, sem uma resistência adequada, pode eliminar aos poucos a vida solidária e fraterna que se apresenta mais constantemente em espaços horizontais. Um exemplo de espaço horizontal é a região nordeste do Brasil, que, apesar de viver também com a lógica das verticalidades (principalmente em algumas capitais de estado) vive relativamente fora de um espaço de fluxo ligado à economia capitalista, se comparado à São Paulo, e consequentemente fica mais ligada a um espaço de solidariedade. 

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Por isso, deixo agora uma pergunta que ao mesmo tempo é uma provocação:

 

a Educação Física Escolar Brasileira é igual em todas as regiões?

 

Ela seria a mesma na região sudeste (que abrange um espaço de fluxo mais vertical) e na região nordeste onde predominam espaços mais inclinados às horizontalidades? É benéfico o fato de haver, por exemplo, um só documento nacional norteador, como é o caso da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), para reger as políticas educacionais num país tão diversificado culturalmente como o Brasil?

 

Os preconceitos (que  foram bem explicitados em função dos resultados da eleição presidencial de 2018) que o nordeste e seus habitantes (ou imigrantes) são periodicamente vítimas em São Paulo e em outras partes da região sudeste e sul refletem a arrogância de quem pretende a hegemonia de suas racionalidades em detrimento de outras. Esses que assim pensam são iludidos pelo brilho ofuscante e falso de uma lógica individualista que infelizmente é perpetuada em grandes cidades. Contudo, há de se entender o contexto, pois o preconceito não vem apenas das elites, mas também de grupos que vivem em situação de relativa pobreza e que são submetidos à lógica do capitalismo, a qual opera como um parasita em nossas mentes. O relógio no nordeste brasileiro, por exemplo, assemelha-se ao relógio que conta as horas no campo, e os ponteiros que contam as horas em grandes cidades são mais fluidos, dando a impressão de que as horas passam mais rapidamente. Entre os espaços horizontais e os espaços verticais, creio que o ‘Manifesto Diagonal’ de Bruna e Betti assemelha-se mais aos espaços com lógica horizontais, pois convida o leitor a uma experiência de colaboração entre saberes, admitindo consequentemente a existência de outras racionalidades. 

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A Educação Física está no meio disso que aqui já escrevi, e o que aqui escrevi até agora ainda é pouco para conseguirmos dar conta de contextualizá-la ao lado de outros fenômenos (acontecimentos). E sozinho ninguém dará conta disso, com certeza! Se analisarmos a Educação Física pelo ângulo de Zygmunt Bauman, podemos intuir que a Educação Física diagonal sugerida por Betti relaciona-se à liquidez que talvez tenha se apropriado da Educação Física de um ponto de vista macroscópico,  e, assim, a “linha reta” em direção ao futuro foi tocada pela fluidez do mundo líquido sugerido por Bauman, forçando a inclinação da seta histórica para a diagonal, como um material que se deixou influenciar pela liquidez. Veja bem, trata-se de uma seta histórica que aponta desde o passado, e que não pode mais voltar para trás, mas que também não pode se auto intitular de “futuro”, e que, portanto, está sujeita a construir o seu presente inclinada à diagonal. É o que temos para hoje. 

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E como estaria a Educação Física Escolar no Brasil hoje, além de “líquida”? Para quê, para quem e do que ela é feita? Se analisarmos pelo campo sociológico de Bauman, da Educação Física diagonal de Mauro Betti, do “Manifesto Diagonal” de Paiva e Betti, bem como da geografia de Milton Santos, podemos intuir que a Educação Física Escolar no Brasil poderia se assemelhar a uma matéria (não falo aqui de disciplina escolar) que, em contato com a liquidez da atualidade, poderia se modificar ou ganhar novos contornos, novas formas, e que também a Educação Física escolar brasileira estaria num período histórico favorável à mudanças.  

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Porém é preciso lembrar que há uma onda de autoritarismo e de falta de diálogo entre governos e povo em todo o mundo, e o Brasil não ficou distante disso. Ao contrário, elegeu um governo que não tem o diálogo como um de seus pontos fortes, e é preciso sinalizar que isso pode chegar à Educação Física nas escolas. Portanto, é preciso fortalecer as aulas com o protagonismo dos alunos e alunas, para assim nos livrarmos de vez de outra tendência nefasta da Educação Física Escolar brasileira, que é o da imposição de conteúdos, assim como do militarismo e a esportivização,  que tem como objetivos a disciplinarização dos corpos e as relações hierarquizadas de cima para baixo, sem diálogos horizontais e cooperativos. Quer dizer, propomos uma disciplina que não desconsideraria seu passado, mas que, de olho no futuro e na vanguarda de uma reestruturação educacional, poderia mostrar o quão sensacional poderia ser. É bom lembrar também que, aqui e acolá, já brotam ideias de planejamento participativo em aulas de Educação Física, em que os alunos participam do planejamento das aulas. Assim, os discentes ficam cada vez mais próximos dos processos decisórios da escola. A democratização dos processos decisórios é uma urgência na esfera pública, e portanto também na escola pública, pois se ela é "pública",  precisa ser um espaço que fala sobre e que concretiza a democracia em seus processos pedagógicos.

Bom, mas que matéria seria essa à qual a Educação Física poderia se assemelhar? Ou a Educação Física seria a própria água, como sugeriu Bruce Lee? 

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Em uma fala, Bruce Lee trata do “ser água”: “Esvazie sua mente, não tenha formato, sem contornos, como água. Quando você coloca água em um copo, ela se torna o copo. Você coloca água em uma garrafa, ela se torna a garrafa... a ideia é que água corrente nunca fica estável, então você precisa continuar fluindo”. (vídeo: Be water, my friend!)

Certa vez o Professor Mauro Betti se pronunciou sobre o estudo da Educação Física Escolar em uma rede social: “Estudar Educação Física escolar cada vez mais se limita a rotular os fenômenos, não a lidar com eles”. Será então que, ao invés de rotularmos e fixarmos nomes, não seria melhor se a Educação Física escolar fosse mais maleável como campo de conhecimento? Ou, utilizando a analogia de Bruce Lee sobre a água, será que a Educação Física escolar seria melhor sucedida no contexto de um contínuo processo de fluidez, em um campo sem estabilidade? O atual contexto político conservador brasileiro gostaria de ver um campo de conhecimento sem estabilidade? 

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É bom lembrar que, em contextos políticos muito conservadores, é comum vermos muitas ordens e poucos questionamentos, para que fique uma impressão de que está tudo sobre controle. Porém, na sociedade pós-moderna, nada está sobre controle! Governos ultra-conservadores ou de extrema-direita querem segurar as novidades da fluidez e da liquidez em suas mãos porém os tempos são outros e a água escorre por entre os dedos. 

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O que você, leitor ou leitora, prefere: uma Educação Física de corpos rígidos e disciplinados por padrões “militarescos”, ou uma Educação Física escolar de corpos fluídos em liberdade democrática? Queremos que a Educação Física construa espaços de verticalidade ou espaços de horizontalidade? A Educação Física tem que seguir uma lógica excludente ou includente? Precisamos explicitar o que queremos para as nossas vidas, porque não temos muito tempo. 

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Marcos Marques dos Santos Junior é paraibano radicado em São Paulo atualmente mora em São Bernardo do Campo onde é professor de Educação Física escolar na Rede Municipal e na Rede Estadual atuando nos Ensinos Fundamental e Médio. É formado em Licenciatura em Educação Física pela Universidade Cidade de São Paulo (Unicid) em 2011.

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